
Em uma visita ao Centro de Arte Contemporânea Inhotim, foi proposto que a turma se dividisse em grupos e escolhesse uma galeria do museu onde uma análise mais elaborada do espaço pudesse ser feita. Devido à curiosidade despertada pela fama do lugar, meu grupo escolheu a Cosmococa, instalação de autoria de Hélio Oiticica, grande artista contemporâneo. Ao se observar o prédio do lado de fora, uma sensação de pequenês foi despertada no grupo, devido às grandes dimensões deste e ao material de revestimento: a pedra. Ademais, sua forma perfeitamente geométrica contribuiu para gerar uma construção rígida e pouco harmoniosa, tornando o lugar menos convidativo para as pessoas que passam pela redondeza.
Entrando na galeria, visualizamos uma espécie de hall central com 5 portas que levavam a cômodos diferentes: um com uma piscina no centro contornada por colchonetes; um com colchonetes e travesseiros onde você pode se deitar e lixar as unhas; um com várias redes de balanço; um com um chão de areia ondulado e em partes coberto por balões e um com um chão de espuma e com objetos almofadados espalhados pelo perímetro. Interessantemente, esses cômodos estavam dispostos de maneira não hierárquica, promovendo uma visitação livre de percursos sugeridos pelo espaço. Após uma breve exploração das salas, nota-se que elas permitem a interatividade dos usuários, quebrando com a tradicional ideia de arte expositiva e abrindo portas para uma arte em que as pessoas estão incluídas. Tendo isso em mente, a leitura da descrição da obra foi pouco relevante, na medida que a intenção de Oiticica já tinha sido percebida pelo grupo.
Para finalizar, acreditamos que a obra tenha sido um marco importante na ruptura de um estilo antigo de se fazer arte, porém ela apresenta algumas limitações, como a estrutura pouco convidativa já exposta anteriormente.