segunda-feira, 11 de abril de 2016

Seminário de interação



Para ajudar no entendimento dos conceitos chaves para a criação do objeto, os professores pediram para que levássemos 2 exemplos de trabalhos que abordavam a interatividade de maneira interessante, segundo nosso ponto de vista. Desse modo, primeiramente levamos o trabalho "Sandbox" de Rafael Lozano-Hemmer, que consiste em uma instalação interativa em larga escala. A instalação usa duas pequenas caixas de areia, onde se pode ver pequenas projeções de pessoas que estão na praia. Na medida que os participantes interagem com as caixas, uma câmera detecta os movimentos e transmite-os ao vivo para dois projetores que projetam as imagens absurdamente aumentadas na areia. Dessa forma, as pessoas compartilham três escalas: as pequenas imagens no sandbox, a escala real humana e a escala monstruosa de efeitos especiais. 
De fato, Lozano criou uma interação bastante rica, usando e abusando da lógica programática. Ele possibilitou aos usuários que brincassem de forma livre, limitando pouco suas formas de apropriação e, assim, deu abertura para o acaso. Além disso, como não há um objetivo central que comande as ações das pessoas, a brincadeira nunca perde a graça, instigando cada vez mais os usuários.



Além disso, levamos o projeto "Friendly Twist" da Coca-Cola. Nele, são disponibilizadas garrafas de coca que abrem apenas quando 2 delas se juntam por um encaixe na tampa. Ainda que o projeto provoque uma certa interação, ela é bem mais pobre do que a obra de Lozano. Além de ela ser totalmente finalística, desinteressando os usuários assim que as garrafas foram abertas, as pessoas têm a possibilidade de burlar a proposta, juntando elas próprias as 2 garrafas. Assim, a Coca-Cola não alcançou tanto êxito no quesito interatividade. 

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